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Glossário Textil e Curiosidades – parte 6

Abaixo a continuação do glossário sobre tecidos, moda e termos afins. Nosso objetivo, longe de esgotar o assunto, foi o de prestar um auxilio as pessoas que procuram informações nesta área, por isto estamos sempre fazendo pesquisas para mantê-la atualizada e ampliarmos as informações. Fique a vontade para comentar e somar informações.

Acesse as publicações anteriores deste glossário: Glossário – parte 1 letra “A” , Glossário – parte 2 letra “B” , Glossário parte 3 – letra “C” ,  Glossário – parte 4 – letra “D” e Glossário – parte 5 – letra “E”

Façonné: nome francês do tecido jacquard.
Faille: tecido fino e macio, ligamento tafetá, urdume seda, acetato ou poliéster, trama schappe, algodão, lã, sempre mais grossa, para produzir um efeito canelado. Voltar
Faillete: variação mais fina do faille com desenho tafetá, de seda, acetato ou poliéster, utilizado geralmente para forro. Ver:Tafetá e Tafetá Alpaseda.Voltar
Felpa: pêlo saliente nos tecidos. Ver: Felpo (Atoalhado).
Feltro: é o tecido resultante do entrelaçamento de fibras de lã ou similares, através da ação combinada de agentes mecânicos e produtos químicos. É o mais antigo “Não Tecido”. Suas principais aplicações são:fabricação de chapéus, filtros, brinquedos, acolchoados, forros de inverno, quadros de aviso, artesanato, etc. Ver: Feltro. 
Festo: dobra que se faz em pano largo, enfestado, ao meio de sua largura e em toda a sua extensão, para o enrolar em peça. Diz-se também da largura duma peça de pano, dum tecido qualquer. 

Fiação: processo final de transformação das fibras em fio. Com exceção da seda, todas as fibras naturais têm um comprimento limitado bastante definido. O objetivo da fiação é transformar as fibras individuais em um fio contínuo coeso e maleável. Nas fibras naturais o processo compreende basicamente abertura, mistura, cardação, estiramento e torção para a fabricação do material dos teares. A seguir, se procede à fiação propriamente dita. Com as fibras sintéticas, foram realizadas numerosas melhorias nos equipamentos de fiação para atender à diversificação resultante do desenvolvimento de muitos tipos de fibras. Existem máquinas de fiar que só podem ser usadas com fibras sintéticas. 

Fibra: estrutura de origem animal, vegetal, mineral ou sintética parecida com pêlo. Seu diâmetro não excede a 0,05 centímetros. As fibras são utilizadas, entre outras muitas aplicações, em produtos têxteis, e são classificadas em função de sua origem, de sua estrutura química ou de ambos os fatores. Ver Gráficos: Simbologia Fibras, Classificação das Fibras Têxteis, Características dos Materiais Têxteis. 
Fibras Artificiais: o processo de produção das fibras artificiais consiste na transformação química de matérias-primas naturais. A partir das lâminas de celulose, o raiom acetato e o raiom viscose seguem fluxos diferentes. A viscose passa por banho de soda cáustica e, em seguida, por sub-processos de moagem, sulfurização e maturação e, finalmente é extrudada e assume a forma de filamento contínuo ou fibra cortada. O acetato passa inicialmente por um banho de ácido sulfúrico, diluição em acetona, extrusão e por uma operação de evaporação da acetona. Recentemente foi inventada um novo tipo de fibra que também pode ser classificada com artificial que é o tencel. Ver: Gráfico Rota Produção. 
Fibras Naturais: os fibras ou fios naturais são obtidos diretamente da natureza e os filamentos são feitos a partir de processos mecânicos de torção, limpeza e acabamento. Podem ser obtidos a partir de frutos, folhas, cascas e lenho. As principais plantas têxteis são: o Algodoeiro (fibra de algodão), aJuta (para fazer cordas), o Sisal (parecido com o linho), o linho (caule com filamentos rígidos) e o Rami (também muito utilizado como o linho). 
Fibras Químicas ou Manufaturadas: podem ser divididas em artificiais e sintéticas. As fibras químicas, de modo geral, seguem o mesmo processo de produção, por extrusão, que consiste em pressionar a resina, em forma pastosa, através de furos finíssimos numa peça denominada fieira. Os filamentos que saem desses furos são imediatamente solidificados. Esse processo é denominado fiação, embora o termo, nesse contexto, pouco tenha a ver com a fiação tradicional da indústria têxtil.As fibras tomam sua forma final através de estiramento, realizado através de dois processos básicos; no primeiro, as fibras são estiradas durante o processo de solidificação; no segundo, o estiramento é feito após estarem solidificadas. Em ambos os casos o diâmetro da fibra é reduzido, e sua resistência à tração é aumentada.As fibras assim produzidas podem ser apresentadas em três formas distintas, destinadas a usos também distintos:
  1. Monofilamento: que como o próprio nome indica, é formada por um único filamento
  2. Multifilamento:é a formada pela união de pelo menos dois monofilamentos contínuos, unidos paralelamente por torção.
  3. Fibra Cortada:é resultado do seccionamento, em tamanhos determinados, de um grande feixe de filamentos contínuos. A fibra cortada pode ser fiada nos mesmos filatórios que são utilizadas para fiar algodão. Além disso, se presta à mistura com as fibras naturais já na fiação, permitindo a chamada mistura íntima, ou seja, os fios mistos produzidos adquirem uma mescla das características de resistência e durabilidade das fibras químicas e do toque e conforto das fibras naturais. Os fios produzidos com a fibra cortada são também mais volumosos do que os filamentos contínuos do mesmo peso, o que possibilita seu uso na produção de tecidos com superfícies não lisas. Essa característica, aliada à maior facilidade de manuseio da fibra cortada em relação ao filamento contínuo, faz com que os fios fiados sejam mais utilizados do que os filamentos contínuos, existindo inclusive fibras, como por exemplo o acrílico, em que raramente se utilizam filamentos contínuos na produção de artigos têxteis. 
Fibras Sintéticas: o processo de produção das fibras sintéticas se inicia com a transformação da nafta petroquímica, um derivado petróleo, em benzeno, eteno, p-xileno e propeno, produtos intermediários da chamada 1° geração petroquímica e insumos básicos para a produção destas fibras.O benzeno é a matéria-prima básica da poliamida 6 (náilon 6), que, por sua vez, é obtida pela polimerização da caprolactama (único monômero), enquanto que a poliamida 6.6 consiste na polimerização de dois monômeros: hexametilenodiamina e ácido adípico, que por reação de policondensação formam o “Sal N”, e em uma segunda fase a poliamida 6.6 (náilon 6.6).O poliéster cuja matéria-prima básica é o p-xileno pode ser obtido por intermédio de duas rotas de produção: a do DMT (Dimetil Tereftalato + MEG) ou a do PTA (Ácido Terefetálico Puro + MEG: Monoetilenoglicol).

As fibras acrílicas e olefínicas (polipropileno), por sua vez, têm como principal insumo básico petroquímico o propeno. Pelas suas propriedades e presença de aminoácidos, as fibras acrílicas são comparadas à lã natural e ocuparam os segmentos de roupas de inverno e de tapeçaria, devido as suas semelhanças aos produtos de lã.

Recentemente foi desenvolvida uma nova variedade de fibra sintética, a microfibra. Ver: Gráfico Rota Produção. Voltar

Fibrane: fio fiado a partir da fibra viscose. Serve também para nomear tecidos feitos a partir deste fio. 
Fieira: chapa de metal com orifícios, pelos quais se passam qualquer tipo de material maleável que se vão estirando em fios.
Filmes: são estruturas têxteis, aproximando-se mais da textura do papel. São produzidos a partir de soluções de fibras têxteis, mais freqüentemente de náilon. Podem aparecer isolados ou laminados com outro tecido.
Filó: tecido transparente, semelhante ao tule, porém mais largo (3,20 m de largura) e mais encorpado, de algodão ou náilon, podendo ser engomado ou não, tramado em forma de rede de furos redondos ou hexagonais, e usado sobretudo para véus, cortinados, vestidos de noite, mosquiteiros. enfeites, etc. 
Fio: produto final obtido pela transformação de fibras naturais, artificiais ou sintéticas, pelo processo de fiação. O filamento contínuoé uma unidade linear de comprimento ilimitado. Os filamentos de seda são um exemplo. O conjunto de três ou mais filamentos forma o fio multifilamento contínuo. Se o fio for constituído por um único filamento denomina-se monofilamento.Fios de filamentos são lisos, duros e possuem poucos espaços cheios de ar. A texturização consiste em dar a estes filamentos diversos tratamentos de modo a resultarem em fios macios, cheios, fofos, com interstícios de ar que conservam o calor, propriedades que caracterizam o fio para fiação. Para conseguir esta característica, dá-se forte “crimping” (plissagem) aos filamentos, seguido de termofixação (fixação através do calor).Entre os sistemas utilizados para produção de fios temos:
  • Anel: neste sistema podemos ter fios com torção no sentido direito (Z), ou no sentido esquerdo (S). Neste sistema a torção é realizada de fora da fibra para dentro, o que resulta em um fio mais macio tanto no núcleo, como na sua superfície.
  • Open End: é considerado atualmente o método mais prático para a produção de fios. Este sistema tem um fluxo de máquinas reduzido, e é utilizado na sua grande maioria para aproveitar resíduos de outros sistemas de produção em específico o Anel. Este sistema apresenta melhores resultados com fibras mais curtas do que o processo em Anel. Devido este detalhe geralmente as fiações tem uma linha de fio Anel outra linha de fios “Open End“, a qual aproveita os resíduos da linha Anel.
    • Toque do fio: o toque do fio “Open End” é muito inferior ao dos fios Anel. Isto ocorre em função das características construtivas descritas acima. O amaciante não consegue a mesma penetração no interior do núcleo do fio, quando comparado com o Anel.
    • Resistência do Fio: a resistência do fio “Open End” é cerca de 20% menor, do que a do fio Anel. Junto com a regularidade, são os principais fatores para se obter uma boa tecibilidade na malharia.
    • Alongamento do Fio: a capacidade de alongamento do fio “Open End” é maior, importante para a malharia, mas problemático ao acabamento, pois malhas com fios “Open End” tendem a ficar mais largas e necessitam de regulagens especiais.

A texturização pode ser feita por vários processos, como: Falsa torção (FT), Falsa torção fixada (FTF), a ar, a fricção, e outros, em que, a diferença entre eles é o grau de texturização, ou seja, quanto de volume, elasticidade e maciez se deseja dar a fibra. A escolha do processo de texturizaçãodependo do uso final do fio. 

Fil-a-Fil (Fio a Fio): tecido com listras verticais muito finas causadas pelo uso de um fio de cor e um fio branco intercaladamente tanto no urdume como na trama. 
Fio Cardado: o fio cardado devido a não passar pela penteadeira, possui mais fibras curtas, o que propicia uma maior formação de pilling (bolinhas no tecido) e neps (defeito na regularidade do fio). A aparência também é prejudicada, pois o mesmo possui uma maior irregularidade. 
Fio Fantasia: fio beneficiado para apresentar um aspecto ou toque diferente, destinado a valorizar e diversificar o tecido. Os principais fios fantasia são:Botonê, Bouclê, Perlé, Bouchonneux, Ondé, Flamê, Frisé, Mouliné, Jaspé, Mousse, Ondulé, Textué, Chenille, Métallise, Guipé. Os fios fantasia se dividem em 2 grupos principais:

A- Fio Fantasia de retorção: normalmente feito com mistura de fios contínuos diferentes (às vezes fio contínuo e fiado).
B- Fio Fantasia de fiação.

Obs: Os fios Crepe, Voil, Poil, Organsin, Grenadine, não são considerados fios fantasia, mas como torcidos clássicos. 

Fio Penteado: no sistema penteado o fio passa por um equipamento que se chama penteadeira. Este equipamento tem a função de retirar as fibras mais curtas (antes de se formar o fio) e impurezas como cascas, que são provenientes do algodão e não foram retirados em processos anteriores. Este processo confere um fio de qualidade superior, visto que este é mais limpo, não possui fibras curtas, e é mais resistente. Tem menos neps, e forma menos pilling na malha acabada. Porém devido à retirada de mais fibras no processo, a perda de algodão para a produção do fio é maior, o que juntamente com a inclusão de mais um equipamento no fluxo produtivo eleva o custo de fabricação e conseqüentemente o preço do fio, sendo este o fator principal para o encarecimento do fio penteado. 
Flamê: tecido produzido com o fio fantasia de mesmo nome, que apresenta pontos mais grossos e pontos mais finos. 
Flanela: tecido 100% lã cardada, peso leve a médio, contextura aberta, toque macio, desenho tafetá, com lado “flanelado” aspecto liso ou xadrez, antigamente muito utilizado como roupa íntima masculina e feminina. 
Flanelagem: acabamento dos tecidos flanelados. O tratamento consiste em arrancar as fibras dos fios, com cilindros guarnecidos de agulhas muito finas, para colocá-las na superfície do tecido. 
Flocagem: processo que permite colar sobre um tecido qualquer, uma camada de pêlos, a partir do processo eletrostático. O tecido recebe uma camada de cola (uniforme ou em apenas alguns lugares) e após introduzido em um câmara eletrostática, a qual eletriza os pêlos, colocando-os em pé sobre o tecido. Após, o tecido é seco e polimerizado para fixar os pêlos. Ver: Veludo Liso. 
Folheado: é o tecido feito a partir de um véu de fibras têxteis, não feltrantes, mantidas juntas por meio de um adesivo ou por fusão de fibrastermoplásticas. Apresenta três sub-tipos: com fibras orientadas, com fibras cruzadas e com fibras dispostas ao acaso. 
Forro: tecido de seda, acetato, poliéster ou misto com algodão, leve e brilhante, usado para forrar o interior dos vestidos, mantos, paletós, ternos, etc. cuja função é esconder as costuras, as entretelas, etc. Ver Failete
Furta-Cor: que apresenta cor diferente, segundo a luz projetada; cambiante. 
Fustão: tecido natural ou sintético, liso ou estampado, de algodão, linho, seda ou lã, que apresenta o avesso flanelado e o direito em relevo, formando cordões justapostos paralelos, ou desenhos variados.Denominação também usada para tecido pesado de algodão com ligamento reps, formando estrias no sentido do urdume. 

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